sexta-feira, 25 de abril de 2008

MERCADO DE FRANQUIAS NO CEARÁ

Como alternativa para estruturação de um negócio próprio, franquias no Ceará cresceram 12% nos dois últimos anos

Franchise cearense saltou da 10ª colocação para 7ª no ranking nacional

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A maior porção do comércio, e também a mais dinâmica, é o varejo. Neste segmento, observa-se uma rápida difusão das franquias, como alternativa para estruturação de um negócio próprio. No Ceará, esse mercado cresceu 12% nos últimos dois anos e saltou da 10ª colocação para 7ª no ranking nacional e desbanca estados como Pernambuco, Bahia e o Distrito Federal.
As 31 empresas cearenses geram 2.557 empregos diretos e faturam R$ 172 bilhões/ano, no Brasil. Os dados fazem parte de pesquisa realizada por um dos mais renomados especialistas em franchise do País, Marcus Rizzo, presidente da Rizzo Franchise, que há mais de 20 anos atua no setor em todo o Brasil e América Latina.
Na sua análise, o Estado é muito promissor e nos últimos dois anos vem mudando de perfil, passando de importador para exportador de franquias. ´Com a força que tem o varejo cearense, a nossa expectativa é que o mercado de franquia venha crescer mais de 10%, até fim de 2008´, destacou Rizzo.
´É claro, que o Ceará vai continuar sendo interessante para empresas do Sul e Sudeste, mas está cada vez mais se expandindo para outros estados do País e conquistando novos públicos´, acrescentou.
Para o presidente da Rizzo Franchise, o Ceará tem um diferencial: ´Disponibiliza vários locais que são de agrado da maioria da população brasileira. São, por exemplo, as casas de lanches e salgados típicos da região´, disse.
Hoje, o Estado abriga 31 empresas franqueadoras de diversos setores, que, ao todo, já instalaram 378 unidades, sendo 98 operadas pelo próprio franqueador e 280 franquias, espalhadas pelo País.

Regras do jogo

Para o especialista Marcus Rizzo, os empresários de negócios ou pequenas redes, que desejam se expandir para diversas localidades do País, precisam conhecer melhor as regras do jogo. Ele chama a atenção para a necessidade de ter uma estrutura capacitada para oferecer oportunidades de negócios e técnicas avançadas para promover o crescimento dessas redes com a venda de franquias. Como primeiro passo, Rizzo disse que é preciso ter cuidado com a estruturação e o formato. ´Testes padrões podem garantir o tipo de operação. Cuidado com armadilhas, há mercado para todos os produtos´.
A segunda dica salienta cuidado ao escolher o franqueado que vai tocar o negócio.
O especialista em franchise enfatizou que o sistema de franquia é o modelo ideal para os pequenos negócios. Até porque o empresário conta com capital de terceiros. ´Para poder crescer e se expandir, os empreendedores iniciantes precisam se informar, se profissionalizar para obter sucesso´, declarou.
Pesquisas independentes indicam que a abertura de um negócio a partir da adesão a um sistema de franquia tem como principais atrativos o acesso a tecnologias de localização de pontos, gestão de estoques, marketing e treinamento.
Entre os métodos empregados, destacam-se: mudanças no mix de produtos, incremento do treinamento, redesenho de loja, aumento e aprimoramento dos equipamentos no ponto-de-venda, mudanças na composição das equipes de loja, aumento do nível de informatização e introdução de incentivos à força de vendas.

POTENCIAL
Estado é considerado pólo atrativo no segmento
A rede de franquias Tevah foca seu interesse de expansão no Estado e aponta a implantação de três lojas em Fortaleza
O Ceará já é considerado por grandes empresas franqueadoras um pólo muito forte para o segmento. É fato que a rede de franquias Tevah, no mercado há 49 anos, foca seu interesse de expansão no Estado. Estudo preliminar feito pela empresa aponta para a implantação de três lojas em Fortaleza e, posteriormente, em algum dos municípios com mais de 100 mil habitantes.
Segundo Valdimir Portz Machado, diretor da Tevah, em 2007, a rede iniciou um trabalho visando buscar parceiros nas principais capitais do País. ´Fizemos uma pesquisa e temos a intenção de contar com esse Estado. De princípio, projetamos a implantação de três lojas na Capital e, futuramente, prevemos atingir algumas grandes cidades´, destacou.
A partir da metade do ano, a rede de franquias vem enviando mala direta dirigida a algumas empresas sondando o interesse. ´Já temos algumas sinalizações, trocando informações, apresentando a empresa, procurando conhecer melhor o interessado´, salientou.
Segundo Portz, o investimento inicial no Estado varia entre R$ 30 mil a R$ 50 mil. ´O capital a ser empregado vai depender do local do negócio, em shopping ou em loja de rua´.
Além do know-how de uma marca que está no mercado há 49 anos, o franqueado oferecerá a seus clientes um serviço exclusivo, sem concorrência na América do Sul: o Sob Medida Por Computador High Tech. Uma tecnologia européia para fazer de camisas a trajes verdadeiramente personalizados em prazos surpreendentemente curtos. E, melhor: os preços são equivalentes aos de bons produtos prontos de outras lojas de moda masculina.
´O nosso diferencial competitivo é propiciar a condição do cliente escolher os detalhes da roupa que vai comprar. O produto sai exato e exclusivo para a pessoa — é um modelo personalizado. A Tevah é a única na América Latina, nesse nível de detalhamento´, ressaltou Valdimir Portz Machado. ´Outro diferencial frente aos concorrentes é que também atendendo o público feminino, que acaba procurando a empresa quando precisa de um tailleur, por exemplo´.

FONTE: Diário do Nordeste

segunda-feira, 7 de abril de 2008

ABF divulga o desempenho do setor de franquia em 2007


Crescimento recorde superior a 15% resultou no faturamento de R$ 46 bilhões
A Associação Brasileira de Franchising (ABF) anuncia o desempenho do setor de franquia no Brasil, em 2007, após uma análise criteriosa de mais de mil redes franqueadoras e dos indicadores que impactam os resultados dessas empresas.

De acordo com o levantamento, no ano passado, o sistema de franchising registrou um faturamento recorde de R$ 46 bilhões, que representou um aumento de 15,6% em relação a 2006, o maior crescimento dos últimos sete anos.

Para a ABF, os motivos principais desse desempenho foram o bom momento da economia do país e o aumento significativo (18,2%) de empresas que ingressaram ou adotaram em 2007 o sistema de franquia como estratégia de desenvolvimento.

Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, afirma que o aumento de empresas que buscam o sistema de franquia também cresceu muito no ano passado nos Estados Unidos e o Brasil seguiu essa tendência. Nos EUA, nos últimos dois anos, o número de marcas passou de 2.100 para 3 mil. No Brasil, o número de redes passou de 1.013 em 2006, para 1.197 em 2007, uma variação de 18,2%. Se levar em conta os últimos dois anos, o aumento das marcas brasileiras foi superior a 23%.

Houve, ainda, um incremento no número de unidades franqueadas, passando de 62,5 mil para 65,5mil em 2007, alta de 4,7%.
Em 2007, o sistema de franchising criou 30 mil novos postos de trabalho, totalizando atualmente 594 mil empregos diretos.

“O bom desempenho do setor é reflexo do aquecimento da economia, que com o aumento do poder aquisitivo da população tem favorecido o consumo”, explica Camargo.

A expectativa para 2008 é de continuar com bons resultados. A ABF trabalha com a projeção de um crescimento em torno de 8% a 9% no faturamento e como houve um grande avanço no número de marcas em 2007, a tendência é que este ano haja expansão entre 6% e 7% no número de unidades franqueadas.

Segundo o levantamento da ABF, entre os setores que mais se destacaram no ano passado estão o de Acessório Pessoais e Calçados, com um acréscimo de 24,4% no faturamento, seguido de Negócios, Serviços e Outros Varejos, com 24,2%, Informática e Eletrônicos com 20,4% e Hotelaria e Turismo com 17,6%.

O bom desempenho de Acessórios Pessoais e Calçados se deve ao aumento da exportação nesse segmento e também a entrada de novas marcas no sistema, entre elas Carol Gregori, Dumond, Fast Runner, Victor Hugo e Triton Eyewear. O setor registrou acréscimo de 40% no número de marcas. Contribuíram significativamente para o crescimento do faturamento desse setor Via Uno, Santa Lola e It Beach.

No segmento de Negócios, Serviços e Outros Varejos que reúne diversos setores, os principais responsáveis pelo crescimento foram lojas de conveniências, empresas de logística, correios, loterias, lojas de crédito, supermercados e livrarias/ papelarias.

Em Informática e Eletrônicos a redução dos preços de computadores, impressoras, câmeras digitais e outros eletrônicos, além da redução nos impostos que envolvem esse mercado, contribuíram para o crescimento. Atualmente, o Brasil é o quarto país do mundo em venda de PC’s, atrás dos Estados Unidos, China e Japão. Novas redes também passaram a integrar este setor como Linkwell, TV Bus, VileSoft e Magoweb, entre outras.

O segmento de Hotelaria e Turismo se beneficiou com a queda do dólar e com o aumento do crédito, registrando aumento no faturamento e também no número de redes, com variação de 15,4%. As redes que mais contribuíram para o crescimento do setor foram Pax Voyage, Flytour, Accor Hotels e Experimento.

Alimentação que é um dos segmentos que costuma registrar bons índices de crescimento obteve no ano passado aumento de 17% no faturamento, superando a cifra dos R$ 7 bilhões.
Os segmentos de Móveis, Decoração e Presentes e o de Vestuário tiveram faturamentos muito próximos, sendo 13% e 12,9% respectivamente.

Esporte, Saúde e Beleza, obteve um faturamento 10,5% maior que em 2006 e registrou um aumento de 24,7% no número de redes.

O segmento de Veículos, por sua vez, registrou aumento de 4,4% no faturamento, acréscimo de 3,3% no número de redes e decresceu 3,7% em número de unidades. Isso se explica, principalmente, pela redução nas franquias de serviços de estacionamento e oficinas.

Limpeza e Conservação, Educação e Treinamento, e Fotos, Gráficas e Sinalização, registraram crescimento de 6,1%, 5,7% e 5,3%, respectivamente.